sexta-feira, 17 de março de 2017

Flores: Um recurso humano para a Qualidade de Vida.




O cravo brigou com a rosa...
Debaixo de uma sacada,
O cravo saiu ferido...
E a Rosa despedaçada
               
 Por Sandra Braconnot

Será que alguma vez você já se perguntou por que o Cravo Brigou com a Rosa? Ou por que a Camélia caiu do galho, deu dois suspiros e depois morreu?; E, se gosta de flores, quando você passeia por um jardim observa tudo atentamente  e consegue aprender alguma coisa com a natureza?

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A princípio pode parecer estranho, mas as flores têm muito para nos ensinar e podem contribuir de maneira bem significativa para a nossa qualidade de vida.
Para que possamos compreender melhor, primeiro precisamos refletir sobre o que é qualidade de vida. Pense um pouco. Complete: “Minha vida tem qualidade quando......”

...Quando você tem um bom emprego, estável e um excelente salário? Quando compra sua casa própria, ou o carro dos sonhos? Ou quando tem uma linda família e muitos amigos? Ou quando tem uma “gorda” poupança para casos de emergência? Sim... todas as opções acima são ótimas. Nada contra. Mas não representam e nem garantem qualidade de vida.

A Qualidade de Vida em questão não passa pelo ter mas sim pelo SER. Portanto para que se tenha  uma vida com qualidade, é preciso acima de tudo  ser humano  de qualidade.

Segundo, temos que repensar o papel das flores em nossa cultura. Será que as flores servem apenas para enfeitar? No Japão, berço dos programas – ou filosofia? – de Qualidade Total, as flores são utilizadas com um caminho (KADO) para o autoconhecimento e aperfeiçoamento pessoal e para alcançar o equilíbrio interior.  Os antigos Samurais e os chefes militares japoneses, manipulavam flores para desenvolver as habilidades de observação, concentração e sensibilidade. As flores também aproximam o homem da natureza.  

Atualmente, a maior parte das pessoas contempla as flores pelo Smartphone, tabletes e/ou  PC. Mas por maior que seja o número de pixels que tenha a imagem, ainda não conseguem reproduzir a energia, o perfume, a vibração.
Nas últimas décadas muitos paradigmas foram quebrados. Nas empresas o foco no ser humano  cresceu.  Surgiram as universidades corporativas e não poucas empresas financiam cursos para o aprimoramento de seus colaboradores - não mais empregados. Aos líderes – os antigos chefes – é cobrado mais do que conhecimentos técnicos. Eles, principalmente, precisam ter um ótimo relacionamento com seus clientes (interno e externos) e ser emocionalmente inteligente.

Ó que eu creio é que muito mais importante do que exigir competências relacionais e padrões de comportamentos, é desenvolver valores que ajudem a consolidar um bom desempenho pessoal e profissional.
Já constatamos que a nossa vida profissional e pessoal se misturam. Daí eu pergunto: como podemos conquistar a tão cobiçada qualidade de vida trabalhando em um ambiente nocivo e altamente competitivo, onde ética e solidariedade não batem ponto?

Percebe-se hoje com clareza, que tudo o que pode melhorar a performance de uma empresa passa necessariamente pelas pessoas que compõem  essa organização. E o que mais se precisa  atualmente,  é termos colaboradores intuitivos, empreendedores, éticos que saibam lidar e trabalhar com pessoas.
Para que o ambiente corporativo seja mais agradável e os colaboradores mais sudáveis, as empresas têm investido em diversos recursos como decoração mais leve e colorida com base na cromoterapia, sala de descanso e de jogos e atividades como ginástica laboral, shiatsu  e até salão de cabeleireiro. Muitas hoje já possuem até capelas e realizam cultos religiosos. O importante é que o funcionários sintam-se bem.

E as flores com suas vibrações, cores, perfumes e formas atuam diretamente no cérebro humano estimulando o  hemisfério direito do cérebro (responsável por tudo o que não é racional e lógico) e favorecendo o aflorar de valores essencialmente humanos.

A utilização de flores em treinamentos surpreende por sua inovação, beleza e cores. Além disso, os conceitos trabalhados são mais facilmente internalizados. Já nos programas de relacionamentos, as flores permitem a autopercepção, a identificação de bloqueios e resistências. E as transformações afloram com leveza.

Trabalho para instrutores da Academia Werner

  
As flores têm muito para nos ensinar se a olharmos como um aprendiz que está disposto a aprender. Janine Benyus, em seu livro, Biomimética – Inovação Inspirada pela Natureza (Ed Cultrix) – afirma e comprova o quanto nosso futuro poderá ser diferente se passarmos a aprender e imitar a natureza, que com seus 3.8 bilhões de anos de evolução descobriu o que funciona, é apropriado e o que dura.

Celso Antunes, educador brasileiro, mestre em ciências humanas e especialista em inteligência e cognição, em seu livro A Teoria das Inteligências Libertadoras (Ed Vozes), adverte que um dos maiores erros dos sistemas educacionais é a quase ausência da educação para a beleza. É necessário, explica o mestre, estimular o desenvolvimento da sensibiliade para o belo e, assim, criar um novo e edificante conceito de Qualidade de Vida.

Já Peter Senge, famoso guru da Gestão do Conhecimento, autor do livro A Quinta Disciplina. A Arte e a Prática da Organização que Aprende (Ed Best Seller), afirmou: “Devemos pensar menos como administradores e começar a pensar como jardineiros”. Concordo plenamente. Já pararam para pensar as competências que tem um bom jardineiro? (Mas isso é outra história ou outro artigo.)

pensar menos como administrador e mais como jardineiro


Há mais de 45 anos estudo as flores. Primeiro, busquei conhecimentos sobre elas. Depois, já com um pensamento biomimético, passei a aprender com elas. E desde 1993, venho atuando com palestras, cursos, workshops utilizando flores naturais ao vivo e em cores e me empenhando (muuuiittoo) para que todos possam ver as flores muito além da beleza.


Ah... Porque o Cravo brigou com a Rosa?  Isso não posso contar em público. Mas posso dizer que depois que passaram por um Programa de Relacionamento Interpessoal fizeram as pazes, vivem muito bem e até mudaram a letra da cantiga:

O Cravo Amou a Rosa...
A Rosa amou o cravo...
O Cravo ficou mais forte
E a Rosa, mais perfumada.



PS: Ficou curioso sobre o motivo da briga entre as flores? Entre em contato que eu te conto.

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