quarta-feira, 28 de junho de 2017

Vovó é a vovozinha!


Hoje me chamaram de vovó e  minha cabeça viajou na maionese... Qual seria a sua reação se lhe chamassem de avó? O que você sentiria? Não sei você, mas a primeira informação que eu gostaria de ter era sobre quem assim  chamou. E a resposta faz muita diferença.

Continue lendo 

Os que me conhecem, ou  me acompanham, sabem que tenho uma netinha de 10 meses que ainda não fala. Fico pensando sobre o dia em que sair dos lábios dela a palavra vovó! Nossa... eu mesma nem consigo imaginar quão grande será minha emoção. Mas sei que ficarei muito feliz.

O mesmo posso dizer em relação às crianças para quais eu dou aula. A maior parte me chama de tia, mas algumas, mais carinhosas, me chamam de vovó, e eu amo. Adoro quando os pequenos bracinhos envolvem meu pescoço num abraço de amor e carinho e falam "oi vovó". Como na propaganda antiga: não tem preço.

Netos verdadeiros, emprestados, provisórios, circunstanciais são sempre (ou quase sempre) bênçãos em nossas vidas. Crianças são fontes inesgotáveis de amor, sinceridade e sabedoria. O mesmo poderíamos sentir em relação aos adolescentes ou jovens.

VOVÓ É A VOVOZINHA

Mas... se fosse uma mulher que tivesse praticamente a sua idade? E se fosse um homem não tão mais novo que você? Daí complicaria né?  Por quê?


Primeiro, porque não conseguiríamos entender a palavra no seu sentido poético. DU - VI - DO!        O que passaria na cabeça de qualquer mulher (se eu estiver errada, proteste nos comentários) seria: "Me chamou de velha". Nada contra envelhecer... (tenho 60 anos, assumi meus cabelos brancos e não escondo a idade) mas... ser chamada de vovó por uma pessoa de pouco mais de 50, é vilipêndio...

Em Programação Neurolinguística aprendemos que palavras podem  eliciar sentimentos e emoções, E que podem ser "ancoradas" eternizando aquela sensação. A palavra em questão "vovó" pode provocar fortes lembranças gustativas (aquele doce que a vovó fazia), cinestésicas (o abraço e o colo dela) ou auditivas, as canções que ela cantava.  Até aqui, ótimo! São gatilhos positivos.

Mas imagine... se você tem, ou teve um relacionamento com alguém mais novo, ou se uma "amiga" vivessem te chamando de "vovó" no sentido pejorativo e depreciativo? Quais os sentimentos que aflorariam? Não seriam agradáveis...



AS ÂNCORAS DA NOSSA VIDA

Para que você possa entender melhor, em PNL existe uma técnica chamada Ancoragem, através da qual podemos criar estados de recursos positivos. Por exemplo: Você um dia recebeu um abraço e se sentiu amada, acolhida, cuidada e que provocou no seu corpo um estado de êxtase existencial. Utilizando a técnica, podemos "ancorar" (através de um gesto) esse sentimento. Então, quando estivermos tristes (ou sem estado de recurso), podemos fazer o gesto de forma tal que o nosso cérebro libera todas as emoções daquele momento ancorado (no caso aqui, o abraço). Entendeu? Eu mesma tenho algumas âncoras que as utilizo no meu dia a dia em várias situações.

Existem âncoras que nos são passadas inconscientemente. Um exemplo: plim plim...  A "ancoragem" pode explicar até porque acontece de não irmos com "o santo" de alguém que acabamos de conhecer. Na verdade, a pessoa não conta, o problema está nas lembranças que ela nos desperta.

Em minhas palestras eu afirmo que as flores são âncoras do belo, do bom e do bem que Deus espalhou no nosso caminho. Pena que nem todos as  veem. Eu afirmo (e a neurociência comprova) que "Quanto mais apreciamos a beleza, mas beleza descobrimos. E quanto mais beleza descobrimos, mais beleza atraímos para nossa vida". Mas isso é outra história - ou melhor, outro post!




Mas... voltando à Vovó"... quão intensas e imensas emoções e sentimentos essa pequena palavra pode provocar tanto no sentido positivo, quanto no negativo. Em algumas ocasiões podemos ficar com um sentimento chiclete que não sai da cabeça ou do coração.

É preciso entender que o problema não está na palavra em si e nem em quem a falou.  A questão gira em torno da representação interna que  criamos a partir daquele gatilho, daquele estímulo. A palavra Vovó pode fazer emergir sentimentos de muita felicidade -  ou não. Vovó pode ser associada a mulher que não mais tem qualquer atrativo físico, porque assim como o chiclete não tem mais açúcar no final, a vovó não é mais mulher: é apenas vovó! Já reparou que muitas mulheres depois que têm netos passam a ser chamadas de vovó?  Minha mãe é uma.


DESANCORAR É POSSÍVEL.


Em PNL, assim como podemos fazer brotar sentimentos, emoções e, portanto, recursos, também podemos arrancá-los, podá-los. E isso trás um alivio emocional enorme... Como? Vou explicar (muito resumidamente).

Claro que aqui não pretendo  ensinar as técnicas, mas dar algumas dicas que podem ajudar em várias situações como: parar de reviver internamente uma situação,  apagar uma cena da cabeça, parar de pensar em alguém que não convém pensar e até (kkkkkk) esquecer que te chamaram de vovó (calando àquela voz que fica martelando insistentemente na cabeça: velha! velha, enrugada!).


DICAS PARA DESGRUDAR AS LEMBRANÇAS CHICLETES




Nestas dicas vou misturar algumas técnicas da PNL, tá?
  • Visualizar a cena e ir mentalmente desbotando-a até que ela suma.
  • Você pode ver, ouvir e/ou pensar em alguma situação, ou pessoa e ir criando várias formas para fazer sumir da sua cabeça. Exemplos: imagine uma pessoa que você não quer gostar ou quer esquecer: Delete. Apague com uma borracha. Com uma mangueira de água bem potente, limpe totalmente a pessoa ou a lembrança.
  • Imagine o filme da relação de trás para frente,
  • Faça o que você quer esquecer explodir em mil pedaços! (esta eu amo. Transformo em mil estilhaços uma pessoa, por exemplo).
  • Mude tudo na cena: se é dia, imagine que é noite, se o céu está bonito, transforme em uma tempestade, e vá mudando todos os detalhes.
  • Imagine a cena, a pessoa, ou qualquer situação passando na televisão. Sinta, ouça e veja os detalhes. Depois, mentalmente mas conscientemente, levante e desligue a televisão. Se for alguma coisa que você ouviu, imagine escutando como uma notícia de rádio. Desligue também.
  • Ou se for o caso, delete a mensagem, do computador, do celular e até do whatsApp, que já criou esse recurso (veja aqui)
Se você não acredita que essas dicas funcionam, experimente. Garanto que você vai conseguir esquecer o que não quer lembrar. E, do que me chamaram mesmo? Esqueci!

Para terminar e te fazer refletir:

"Ficar ruminando a situação ruim faz mal tanto para o corpo quanto para a mente. 
A química que fabricamos, ingerimos e liberamos no organismo quando não esquecemos uma situação por horas, dias, meses, anos é bem pior do que aquilo que as trouxeram à tona" 
Donna Jackson Nakazana, especialista em Políticas Públicas, Dike university.

Boas práticas...

Nenhum comentário:

Postar um comentário