terça-feira, 4 de julho de 2017

Falar é uma necessidade. Escutar, uma arte.


Olá gente.

Vamos continuar o assunto de ontem: A Escuta Empática. 

O titulo deste post é uma citação de Johann Goethe (autor e estadista alemão), que morreu em 1832, mas a frase que ele deixou nunca foi tão atual. Ouvir é fácil, mas escutar empática e compassivamente é muito difícil. (leia o post anterior).
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Viajando na maionese, ou melhor na história, eu fico pensando na época em que as tradições, cultura, saberes e  informações eram transmitidas oralmente. Como não havia internet, Smartfones e toda a tecnologia de hoje (a linguagem escrita nem era para todos), o único recurso  era a linguagem falada e, consequentemente ouvir era a única opção para que a comunicação acontecesse. Acredito que por isso, antigamente se ouvia mais, Muitos séculos depois, em 1922, surgiu o Rádio, que também "obrigava" o uso da audição e a compreensão do que era dito. Com a chegada da Tv, aqui no Brasil, em 1950, a audição dividiu a atenção com a visão.  Ah... e não posso esquecer da contribuição do cinema mudo para o "ensurdecimento social e coletivo"(ficou forte demais?). Charles Chaplin, afirmava: "O Som aniquila a grande beleza do silêncio".  Faz sentido...



O prazer da Escuta Empática



Mas beleza mesmo há numa comunicação empática. É tudo de Belo, de Bom e que faz Bem. Como é gostoso conversar com alguém que escuta empática e compassivamente. Eu tenho a felicidade de ter uma amiga assim. E me sinto muito feliz fazendo o mesmo. 

Domingo passado (ainda sob o efeito daquela desalentadora conversa), pude lavar a alma conversando com minha grande amiga Glorinha. Conversamos por horas intercalando os papéis de falante e ouvinte. E como é bom... Poderíamos ficar papeando por dias porque a prática da escuta ativa e da fala compassiva é prazerosa demais.


O Quinto hábito dos Sete Hábitos...



Stephen Richards Covey, escritor estadunidense, autor do best-seller Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, que vendeu mais de 30 milhões de livros - e ainda continua vendendo - destaca a importância de primeiro, em qualquer conversa, entender o outro e depois ser entendido.

O guru da administração (ou da auto-ajuda?) afirma que saber ouvir é a competência mais crítica a ser desenvolvida em um ser humano e a ferramenta mais poderosa para compreender genuinamente os outros e como ele vêem o mundo. 

No livro, Covey fala sobre uma filosofia dos antigos gregos, resumida em três palavras sequenciais: etos, patos, e logos, que abrigam  a essência de procurar primeiro compreender e conseguir eficácia no desenvolvimento das idéias e em sua apresentação. Etos é sua credibilidade pessoal, a fé que as pessoas têm em sua integridade e competência. É a confiança que você inspira.  Patos é seu lado empático - o sentimento. Quer dizer que você está sintonizado com a confiança presente na comunicação da outra pessoa. Logos é a lógica, a parte pensada da comunicação. Notem a seqüência: etos, patos, logos - seu caráter, suas relações e a lógica de sua mensagem. Isso representa outra mudança importante de paradigma. A maioria das pessoas, ao apresentar uma ideia, vai logo de cara para o logos, a lógica do cérebro esquerdo. Elas tentam convencer as outras pessoas da validade de sua lógica, sem primeiro levar em consideração o etos e o patos.




Outro ponto interessante e que dificulta a Escuta Empática é que a maior parte das pessoas não consegue escutar com a intenção de compreender, mas sim de responder, contar sua história, controlar e até manipular (a Escuta Empática pode ser usada com fins não tão éticos- mas isso é assunto para outro post). Algumas pessoas aproveitam a conversa com alguém que tenta lhe contar algo, para lerem a própria biografia na vida do outro. Como assim?

- Você não é a primeira a falar isso; Ah... já sei como é, porque eu também...;  Sei como você se sente, já passei por isso. Vou te contar - e conta mesmo com riquezas de detalhes e nem se lembra de fazer um link com o que você estava falando. É horrível... dá um desconforto, um sentimento de "o que eu estou fazendo aqui" - não é mesmo?

Bom... vou parar por aqui, mas amanhã volto ao assunto e prometo explicar as Posições Perceptuais e o Sistema Representacional, duas ferramentas da PNL que ajudam demais na comunicação.

Espero vocês amanhã.

Ps:  Deixe um comentário. Quero saber sua opinião.

bjs

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