OI Gente querida que me acompanha nesta lembrança doída, mas não sofrida.
Bom... eu parei quando acordei, ainda sedada, depois do parto. Minha irmã foi quem me confirmou a morte do meu neném, mas naquele instante a dor foi amortecida pelos remédios.
Era domingo, Dia dos Pais sem direito a comemorações. A enfermeira entra no quarto para tirar a sonda, o sonho. Minha médica chega e fala em fatalidade, põe a culpa em Deus. Diz que por sorte eu também não morri (por sorte???). E Deus sempre sabe o que faz.
Sim... Ele sabe de tudo e, com certeza, sabe que eu sou forte o suficiente para aceitar os desígnios dEle. Eu sou espiritualizada, com alto desenvolvimento espiritual. Eu vou suportar, eu vou aceitar. Só não quero enterrar meu neném. Prefiro doar o corpinho dele para a medicina. Eu sou forte!